Sem medo de ser Feliz
É difícil acreditar que a Austrália se transformou no que é em apenas 239 anos após ser descoberta. O país marcado pela alegria de viver conseguiu em pouco tempo se colocar como o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que engloba dados referentes à educação, renda e expectativa de vida. Na Austrália, poluição praticamente não existe. Também não se vê lixo no chão, problemas nos sistema de saúde gratuito e perigo por estar nas ruas na madrugada.
Somando-se a isso a paisagem do continente –ilha, formada pelo contraste do verde das florestas subtropicais com o branco das finas areias da costa, fica fácil entender por que o australiano vive como quem não tem vergonha de ser feliz, como escreveu o compositor Gonzaguinha.
O sucesso no desenvolvimento do país localizado na Oceania em nada remonta a sua origem. O território foi utilizado como colônia penal de 1788 a 1868. Com a declaração da Independência Americana em 1776, os britânicos, impedidos de enviar criminosos para os Estados Unidos, passaram a mandá-los a uma outra colônia, a Austrália.
A primeira cidade a recebê-los foi Sydney, hoje com um agito e alto-astral que em nada lembra o período obscuro. Situada ao redor de quatro baías, Sydney conta com uma geografia privilegiada, com praias de mar tranqüilo, como Watsons Bay, Nielsen Park e Balmoral, e praias de mar aberto, como as badaladas Manly e Bondi Beach, onde a calçada é dominada por lojinhas, bares e restaurantes. Como se não bastasse, a maior cidade australiana tem ainda uma ótima e variada gastronomia, bares animados, feirinhas de bugigangas e muitos shoppings centers.
Em Sydney, chega-se a muitas atrações pelas águas. Barcos saem regularmente da região de Circular Quay, com destino às praias do norte e aos bairros ao longo da extensa baía. É nessa área que está a futurista Opera House, o cartão-postal da Austrália. Concebido em 1950 pelo arquiteto dinamarquês Jorn Utzon, o prédio com recortes inspirados em velas de barcos foi inaugurado em 1973 pela Rainha Elizabeth II. O complexo, que possui bares, cafés e galerias, abriga cerca de três mil eventos por ano, como balés, concertos e peças de teatro. Símbolo da modernidade, vale uma visita tanto de dia quanto á noite, quando a iluminação da cidade dá um toque especial ao lugar.
Do outro lado da baía onde se situa a Opera House fica uma outra construção bastante famosa: a Harbour Bridge, ponte que liga os litorais norte e sul. A gigante de ferro, erguida com 53 mil toneladas de aço, propicia uma vista quase aérea da cidade.
Apesar das modernas construções, Sydney também impressiona pelo charme dos bairros históricos. A região mais antiga é The Rocks, a cerca de dez minutos de caminhada da Opera House e ao pé da Harbour Bridge. A área, que antigamente abrigava bordéis e era freqüentada por gangues locais, hoje reúne galerias de arte, pubs, lojinhas em estilo colonial e uma simpática feirinha. Outros bairros bastante charmosos são Paddington e Woollahra, com sobrados tipicamente vitorianos que abrigam galerias de arte e butiques exclusivas.
Uma região que vale uma visita de dia inteiro é Darling Harbour, antigo porto comercial revitalizado na década de 1980, hoje transformado em um complexo de entretenimento. Reúne diversos restaurantes, um jardim chinês, o Maritimum Museum, que conta a história marítima australiana, o Sydney Aquarium e o zoológico Sydney Wildlife World, como mais de seis mil animais nativos, entre eles os coalas e os wallabies (pequenos cangurus). Para conhecer os atrativos do Darling Harbour, a região conta com um monorail, trem urbano que para em quase todos os pontos turísticos da região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário