
Comida crua
O movimento Raw Food prega alimentação orgânica - e gostosa! - sem carnes ou laticínios

Se apresse para comer cru
Não é comida japonesa, nem vegetariana, muito menos macrobiótica. O conceito de raw food ou 'comida crua' nasceu em 2002, na Califórnia (US) e foi consagrada em Nova Iorque, com lugar de destaque entre as inseparáveis amigas do seriado Sex and City. Há quem diga que Demi Moore, Madonna e Uma Thurman são adeptas. O que é?
Derivada da dieta vegetariana, a raw food tem como princípio não cozinhar os alimentos, que não podem ser aquecidos a uma temperatura superior a 42ºC a fim de preservar suas enzimas e vitaminas. Tem fama de combater os radicais livres e fortalecer o corpo, retardando o envelhecimento e prevenindo doenças como câncer de intestino, diabetes e colesterol alto.
Também conhecida como living food, é indicada para todos que querem ter uma alimentação mais saudável, rica em vitaminas e fibras. Mas atenção: caso você sofra de alguma patologia, consulte um médico para acompanhar e montar um programa de suplementação alimentar conforme sua necessidade.
Dica de mestre
Esse tipo de cozinha se baseia em alimentos bem frescos e orgânicos. Carnes e laticínios não entram - os animais agradecem. "Usa-se basicamente grãos, sementes, verduras, legumes, frutas, cogumelos, azeite, algas, cacau, coco, ervas e temperos", comenta Cristina Menna Barreto, nutricionista em são Paulo. Marinar os alimentos é o segredo.
Atualmente, o papa dessa culinária na América do Norte é Charlie Trotter, dono do famoso restaurante homônimo, Charlie Trotter's em Chicago. Segundo ele, raw food é sobretudo uma questão de paladar. Mas com conseqüências benéficas para o organismo.
Modismo?
Será a raw food mais um modismo norte-americano? "Toda nova forma de cozinhar vem como moda e cria ou não adeptos. Acredito que junto a uma alimentação saudável tradicional, a raw food possa ter espaço caso popularize suas receitas e modo de preparo. Porém, na população mais carente, sua entrada é mais lenta ou difícil, já que, por ter ingredientes sofisticados e comida preferencialmente fresca é relativamente mais cara", acredita a nutricionista, Cristina.
A tendência se refinou tanto que, segundo entendidos, o vinho branco Château Neuf-du-Pape, safra 2002, com textura macia, é o par perfeito para acompanhar um prato de raw food - para oque não abre mão de brindar no momento da refeição. Voilá!
Faça você mesma
O Sattva, restaurante naturalista em São Paulo, tem uma receita de salada que pode ser transformada em raw food, dependendo do freguês. Quem dá a receita é Gilberto Ângelo, proprietário da casa:
A salada especial Sattva deve ser montada em espiral num prato raso:
Ingredientes:
2 folhas de alface crespa
1 cenoura ralada
1/2 beterraba ralada
100 gramas de palmito
1 porção de champignon
4 rodelas de tomate
4 rodelas de pepino
4 castanhas de caju inteiras
10 uvas passa
Muito fácil de preparar, dá para tentar em casa!
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