
Recuperar móveis e objetos é moda, e dá um novo ar ao seu lar doce lar
Recompor ambientes, transformar objetos oferecendo-lhes uma segunda vida ou outra função é definitivamente uma arte. Sem pretensões e com muito charme, o minimalismo vai perdendo a vez para a doce transformação das coisas e da vida. Nunca esteve tão em alta a reciclagem. O conceito inclui a recuperação de móveis e objetos de decoração. A casa fica com ar descontraído, com a cara e a história do dono. O meio ambiente agradece.
Em tempos de crise queremos mais é nos sentir seguros e aconchegados ao chegar em casa. Através das cores, das lembranças de família, misturando o móvel "usado" de alguém com o novíssimo da loja mais hype, o resultado é uma desorganização organizada, apaixonante, que dá um ar cozy-chic a qualquer ambiente.
Idéias não faltam. Rosângela Pimenta, designer de interior, em São Paulo, dá sugestões que são tendência: "Para fazer contraste com as paredes da sala de jantar em tom pastel, escolhemos uma mesa antiga de família e mandamos laquear de berinjela, as cadeiras modernas de madeira, estofadas com couro, foram mantidas. Em outra ocasião, usamos um porta-talher em uma gaveta do quarto infantil para colocar lápis de cor e, na cozinha, um regador de flores para arrumar utensílios como colheres de pau".
No quesito copos, "se você não tem um conjunto completo, vai fazer o quê? Uma coisa simpática é usar copos inteiramente diferentes, misturando cores , estilos, tamanhos. É como eu faço. Fui comprando um a um, em feiras de antiguidades, viagens ou pedindo a amigos cujo serviço já estava desfalcado. É supercharmoso, misturo todos numa bandeja grande e cada um escolhe o seu. Todo mundo adora", ensina seu savoir-faire Danuza Leão, jornalista e escritora, em seu livro Na sala com Danuza. Ela também entrou na dança dos copos e da recuperação de objetos.
Atualmente qualquer proposta é bem-vinda e algumas caíram no gosto de todos, como aproveitar o caixote de fruta da feira, pintar e transformá-lo em mesinha de cabeceira ou porta trecos. Estofar poltronas, cadeiras ou sofás antigos com tecidos modernos fica incrível e por que não aproveitar a época do ano e investir nos tecidos florais, sem economizar nas cores, afinal é primavera!
No hall de entrada, Regina Maciel, bióloga, colocou na parede uma penteadeira de jacarandá, anos 70, funcionando como aparador de telefone, porta chaves e bloco de notas. "O toque de fantasia ficou por conta dos puxadores coloridos amarelo e azul e do tecido de onça enrugado para esconder os fios", diz ela. Já Fernanda Maciel, transformou uma minigarrafa de champagne pink em abajur. "Ficou um luxo", comenta. E acreditem, muito mais do que se imagina pode ir para parede pendurado diretamente ou como quadro: um leque, uma sobra de tecido bonito e valioso, um papel refinado, desenho dos filhinhos e por aí segue.
Garimpar móveis e objetos em antiquários e feiras de antiguidades é outra prática interessante na busca de itens diferenciados. Em São Paulo, a feira da Praça Benedito Calixto aos sábados e, no Rio de Janeiro, a feira na Praça Barão de Drummond, aos domingos, são ótimas opções de lugares.
Imaginação é preciso e vontade de criar, ou melhor, recriar (!) também. Recuperar é dar uma vida nova à qualquer coisa que pode ser, além de útil, um grande hobby. Itens diferenciados e realmente únicos surgem, mostrando quem é você e do que você gosta. Ah, se a minha casa falasse!
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