Imagine uma praia exótica ou um parque cheio de árvores, plantas e flores. Parece excitante fazer sexo neles, não é? Ou até mesmo aquela vontade de transar no sofá de casa, descompromissadamente. Esqueceu de fechar a janela ou trancar a porta? Sim, o flagra, uma hora ou outra, acontece. E no momento você não vai poder fazer nada, senão sair com o rabo entre as pernas.
No caso da estudante Daniela Fernandes, 18 anos, a saída foi rápida, mas com direito a parada. “Estava de noite e era num canto da praia onde nunca tem ninguém, nas pedras. Eu tinha reparado num vulto, mas achei que eram outras pedras, já que não se mexiam. Mas, na verdade, era um casal que ficou sentado lá assistindo a tudo, desde o começo. Saímos rápido e ainda terminamos em outro lugar”, relata ela.
E a famosa rapidinha no carro? Todo mundo já se deparou com uns pedestres curiosos ou até depravados. Não aconteceu com você? Com o universitário Marcelo Garcia, 22 anos, já. Ele estava em Boa Esperança, interior de Minas Gerais, com uma parceira não muito conhecida e, no último dia, deu a desculpa clássica do “vou abastecer o carro”.
“Dava pra ver umas crianças jogando bola. Estávamos começando, quando uma ambulância passa uma, duas, três vezes pela rua em que paramos. Na quarta, resolvo checar e me deparo com o motorista dela, fazendo gestos obscenos com a mão para nós! O jeito foi ir embora, rindo”, recorda.
Rodrigo Araújo, 20 anos, teve o seu momento numa balada GLS, quando conheceu uma garota na pista. “Estava num canto com ela, quando senti uma mão pesada no meu ombro. Era o segurança da balada, falando para eu fechar a calça e para a minha ficante tomar vergonha na cara. Fui expulso junto com um amigo que estava ficando com a tia dessa menina. Estávamos bêbados, obviamente”, conta.
Tá certo, então é divertido fazer sexo em lugares públicos. Mas, será que o mico vale a pena? A diretora do Instituto Kaplan de Sexualidade, Maria Helena Vilela, diz que a situação de risco, para algumas pessoas, é muito excitante. “A sensação de enganar os outros, fazer escondido ou transgredir alguma regra acaba por estimular alguns casais. Às vezes, eles optam por essas exposições para fugir da rotina e monotonia. Ou então pode ser apenas uma falta de controle. Os amantes acabam fazendo no lugar onde estão”, explica a educadora sexual.
Alguns, no entanto, têm a necessidade de se expor ou ir para lugares perigosos. A diretora adverte que são casos de tara, isto é, o indivíduo só consegue chegar ao prazer dentro de certas circunstâncias. “Existem casos de pessoas que precisam assistir a alguém ou segurar o próprio pé. São manias adquiridas por um evento histórico na vida do sujeito. Eles precisam de tratamento”, afirma.
No final das contas, uma ida ao parque durante a semana faz bem, não deixe de experimentar. Mas, caso seja aquela descontraída no sofá, lembre-se que seus vizinhos podem estar pescando na sua janela!
20/06/2008
Surpresa! Flagrado no ato
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