O que mata o desejo
Se não for apenas uma fase, a queda na libido feminina pode ser conseqüência de vários fatores: doenças como o hipotireoidismo, o diabetes e a hipertensão (que podem lesar os órgãos envolvidos na produção e transmissão do impulso sexual); sedentarismo, obesidade e abuso de álcool; problemas emocionais, como a depressão e a ansiedade; e carência hormonal após a menopausa (o que reduz a lubrificação da vagina); além do desgaste da relação após anos de convivência. "Para a mulher, o desejo é um termômetro da saúde física, emocional e do vínculo do casal, da mesma forma que a ereção é para o homem", declara a sexóloga Rita Jardim.
Vale lembrar também que o uso de medicamentos, como os psicotrópicos e alguns antidepressivos, pode reduzir o interesse sexual. Algumas usuárias de pílulas anticoncepcionais mencionam certa diminuição da libido. No entanto, o desgaste na relação, segundo Rita, é mesmo o maior culpado pela baixa no tesão. "Claro que a parte hormonal é importante. Depois da menopausa, o desejo diminui, mas as questões psicológicas são sempre as mais relevantes", afirma a sexóloga. Ou seja, quanto menos você fala sobre sexo, quanto menos exercita, menos vontade tem de fazer.
Rotina exaustiva!
Além de ser praticamente um joguete na mão dos hormônios, a mulher, hoje, acumula inúmeras funções durante o dia - profissional, mãe, esposa. Chegar à noite animada só mesmo com muito estímulo. Então, quando finalmente vão se deitar, não pensam na cama como um local de prazer, querem apenas descansar. Já para os homens, o sexo pode ser uma válvula de escape, que ajuda a relaxar após um dia atribulado de trabalho. Por isso nem sempre o cansaço esgota a libido deles.
Na busca pela satisfação surgem cada vez mais formas de recuperar a libido.
Ortomolecular em prol da libido sexual
Compostos minerais para melhorar a libido e a energia sexual, sem agredir o organismo. De quebra, emagrecer, rejuvenescer, tratar a ansiedade, melhorar a digestão. É o que promete a medicina ortomolecular, que tem como principal objetivo equilibrar o organismo. A médica ortomolecular Heloísa Rocha, da Clínica Vitá, no Rio, explica que este tipo de tratamento ajuda (e muito) no aumento do tesão. "O próprio controle da parte hormonal já promove melhora, aumentando o desejo. Várias pacientes minhas já constataram isso, das mais novinhas às mais maduras", comenta ela, que atende em sua clínica atrizes como Juliana Paes, Deborah Secco, Grazi Massafera, Luiza Brunett, entre outras.
A 'queridinha' das famosas dá as dicas: "Existem ervas maravilhosas para aumentar a disposição e o apetite sexual e também fitoterápicos específicos (afrodisíacos) para a libido e a potência sexual, como a maca, marapuama, catuaba, tribullus, vitaminas E e C, minerais como o cromo, o zinco e o selênio. Na realidade, quando a pessoa melhora, o quadro de fadiga e a disposição para tudo voltam à tona. Então, tudo melhora", diz a médica.
Dra. Heloisa explica que, quando estamos em 'desarmonia interna', todo o nosso corpo sofre, em especial a libido. Balancear os hormônios, ela afirma, é sempre benéfico para uma vida sexual saudável e intensa. "Nossos hormônios podem acabar com a nossa vida amorosa. O estresse, uma dieta pobre e a falta de exercícios podem nos desregular", comenta.
A reposição de vitamina B6 e do mineral cromo melhoram o bem-estar feminino, principalmente nessa fase em que o desejo parece ter evaporado. "Costumo formular para minha pacientes tribullus, avena sativa, pfaffia paniculata, óleo de peixe, revesratrol (origem da uva), discorea villosa, ginseng siberiano e coreano. Todos são muito afrodisíacos e dão aquela energia", comenta Dra. Heloisa, que acaba de lançar o livro ‘Coma bem, viva bem - Guia de alimentação funcional para saúde, bem-estar e beleza', da Editora Clio.
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