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03/09/2010

Autodisciplina parte 2


O que poucos sabem é que esta é a chave para o sucesso


A dose certa
Não se trata de ser rígido consigo mesmo ou de se limitar. Ao contrário do que podem pensar, a autodisciplina traduz uma liberdade de escolha, já que é uma opção individual, independente de pressões sociais. No entanto, algumas pessoas exageram na dose e acabam se tornando muito metódicas, o que pode comprometer a criatividade e até mesmo suas relações pessoais. Cuidado! "Toda qualidade em excesso é prejudicial e isto também vale para a autodisciplina. Quando você percebe que as pessoas ao seu redor - seus filhos, seu cônjuge, seus subordinados - têm dificuldade de falar com você, porque não 'agendaram', por exemplo, decididamente você está exagerando", adverte Daniel Luz.
Quando o assunto é autodisciplina na carreira, Sandra Marques vai além. Segundo a consultora, as mulheres têm condições especiais a serem superadas para implementar sua capacidade no mercado de trabalho, e não souberam aproveitar seu diferencial na hora de estabelecerem a disciplina: "Ao se afastar das tarefas domésticas, que se resumiam quase sempre a preparar a casa para a chegada do provedor, a mulher copiou o método dos antigos provedores (homens) ao lidar com a profissão, deixando em casa uma das características femininas mais valiosas: a sensibilidade. Ela já tinha a vocação para assumir o papel de profissional com justiça, equilibrando vários aspectos, mas abriu mão da parte sensível, da intuição, da preocupação com a inclusão, para seguir o modelo racional e masculino", avalia.
As mulheres, então, deveriam criar uma forma de usar o poder diferentemente da que já existia. "A junção do emocional com o racional possibilita um querer mais flexível e permite que sejamos mais fiéis aos nossos interesses. A escolha é a chave da autodisciplina. Uma escolha fundamentada naquilo que toca a nossa emoção vai evitar exageros nos métodos, por exemplo", afirma Sandra.

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