Paixão de Cristo

Artistas falam sobre a emoção de encenar os últimos momentos de Jesus

Todos os anos, nesta época, as encenações da "Paixão de Cristo" emocionam fiéis e reúnem milhares de pessoas que acompanham os últimos momentos de Jesus. Para conhecer as montagens da história pelo Brasil, conversamos com atores e atrizes que integram o elenco das apresentações que, durante o feriado, prometem emocionar o público.

Uma história de amor, compaixão e fé

Se interpretar Maria é uma emoção, imagina encarnar o papel mais de uma vez? A experiência aconteceu com Cristiana Oliveira, que se prepara para ser Nossa Senhora pela terceira oportunidade. "Fiz Maria em 2001 e 2003 em Nova Jerusalém (cidade de Pernambuco) e, este ano, estou me preparando para a montagem em Alagoas. Sempre é uma grande emoção, independentemente de religião. É uma história de sentimento, um amor incondicional, uma mulher completa", opina ela.

“O agreste lembra muito a Palestina. Realmente emociona qualquer artista. Tudo é muito bem produzido e organizado. Mesmo durante os ensaios, a emoção está presente. Sou espírita e fico muito feliz em poder fazer parte desta grande mensagem de fé”

Cristiana também revelou que tenta fugir de estereótipos quando interpreta o papel. "Sempre me entrego. Quero mostrar a Maria, filha de Ana e Joaquim, judia, jovem, prometida para José, de uma bondade indiscutível e uma coragem única", conta a atriz, que vai contracenar com Thiago Fragoso (que fará Pôncio Pilatos) na montagem da cidade de Arapiraca.

Outra estrela que vai viver a mãe de Cristo nos palcos é Susana Vieira, que encarna o papel pela primeira vez este ano, em Nova Jerusalém, em Pernambuco. "Assistir à "Paixão de Cristo" era o sonho da minha mãe. E no ano que ela iria assistir, ela faleceu. Antes de mais nada é uma homenagem a ela, que sempre teve muita fé e me ensinou a amar Maria de Nazaré. É difícil até de descrever, de tão emocionante", confessa Susana.

Mauro Mendonça também estará na montagem pernambucana. Ele vai interpretar Herodes, no espetáculo. "O agreste lembra muito a Palestina. Realmente emociona qualquer artista. Tudo é muito bem produzido e organizado. Mesmo durante os ensaios, a emoção está presente. Sou espírita e fico muito feliz em poder fazer parte desta grande mensagem de fé", diz.

Mas, para viver o vilão, Mauro faz uma preparação espiritual: "Sempre rezo. Peço perdão a Jesus por estar dando voz a um inimigo dele, mas é necessário para contar a história. Mesmo como Herodes, peço para ser instrumento da mensagem do Cristo".