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11/06/2010

Guia da pele saudável


Conheça as características de cada tipo de pele e escolha o seu tratamento

Sua pele tem aspecto áspero? Os poros são dilatados ou fechados? A textura é homogênea? Seu rosto fica oleoso apenas na zona T (nariz e testa)? Ao responder essas perguntas, você terá pistas sobre qual o seu tipo de pele. É o primeiro passo para saber como cuidar dela. Afinal, o maior órgão do corpo humano, a nossa "capa", merece todas as atenções. Uma cútis bonita é sinal de boa saúde, desperta a admiração das pessoas, e o melhor: rejuvenesce. Por isso, elaboramos um guia completíssimo, com dicas para manter em ordem todos os tipos de pele. Aproveite!

Reconhecendo o tipo


O Dr. Gabriel Aribi Fiszgabum, da MAF Dermatologia, ensina: a pele seca tem aspecto áspero e é pouco lubrificada, com tendência ao ressecamento, causando sensação de repuxamento. A oleosa, por sua vez, possui aspecto brilhante, poros abertos e dilatados, formação de cravos (comedões) com frequência e forte tendência ao aparecimento de acne. Já a normal é caracterizada pela aparência homogênea, textura suave, hidratação e oleosidade em níveis normais. A mista tem áreas oleosas alternadas com secas, pontos secos ou normais ao redor dos olhos e na lateral da face, presença de oleosidade na zona T.

A dermatologista Renata Boechat, da clínica Longevitá, no Rio, afirma que a mista é a mais comum. "A oleosidade deve ser retirada apenas da zona T, pois o restante do rosto costuma ser seco. Esta pele apresenta desequilíbrio na hidratação e produção de glândulas sebáceas. A espessura é fina, a cor rosada, e apresenta rugas finas e precoces com tendência à descamação", diz.

Ela acrescenta que em certas regiões (secas) é necessário um cuidado maior com relação à hidratação. Como é a pele mais comum, a indústria cosmética já lançou muitos produtos que atendem a necessidades opostas, simultaneamente: hidratam onde é seca ou normal e controlam o brilho onde ela é mais oleosa.

O tipo de pele é genético?

Conforme esclarece Dr. Gabriel, as características variam de pessoa para pessoa, combinando herança genética, metabolismo, os hábitos alimentares, o ambiente em que se vive, entre outros fatores. Os hormônios também têm influência. A pele reage às condições biológicas e climáticas e se constitui de formas distintas.

A dermatologista Roberta Bibas ratifica: "Saber qual é o seu tipo de pele não é frescura ou algo sem importância, mas é essencial na hora de escolher o cosmético certo. É importante escolher um que traga o melhor benefício e que ajude no cuidado diário, assim como no combate às rugas e ao envelhecimento precoce. Saber o tipo de pele que se tem é também essencial para não gastar dinheiro à toa."

Qual o tipo mais resistente?

O dermartologista da MAF, esclarece: as peles oleosas envelhecem mais lentamente que as secas, apesar de os problemas com inflamações serem mais comuns. "Esse tipo é mais resistente à ação dos raios ultravioletas do sol e sofre menos os seus efeitos danosos, principais responsáveis pelo envelhecimento cutâneo".

A pele negra é mais oleosa do que a branca e por isso é mais propensa à foliculite (pele inflamada, com pêlos encravados) e acne. O lado bom é que o manto gorduroso proporciona proteção extra contra as agressões ambientais, tais como frio, vento, água quente ou sol. "Essa pele é mais resistente por ter mais colágeno, substância que dá elasticidade à pele, fibroblastos (fibras de sustentação do tecido) e a camada córnea (a mais superficial da pele) mais espessa. Essas características contribuem para uma aparência mais jovem e para preservar a hidratação interna", assegura Dr. Gabriel.

Elizete Garcia, especialista da marca de cosméticos Extratos da Terra, tem uma concepção um pouco diferente. "Acho precipitado afirmar que a pele oleosa não envelhece como as outras porque, embora tenha excesso de óleo, pode sofrer de falta de água. A hidratação é que define a juventude cutânea".

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