
Dr. Uro acaba com a polêmica da obrigação masturbatória
“Tenho 23 anos e quase nunca me masturbo. É muito raro eu praticar o ato de masturbação. Passo, às vezes, até quase um mês ou mais. Dizem que masturbar moderadamente faz bem. E neste caso? Não que eu não sinta prazer, tanto que sou noivo e amo minha noiva e a desejo como nunca. Está tudo bem ou deveria ter mais frequência?”
A masturbação é uma manifestação da sexualidade, absolutamente normal em ambos os sexos, e tem como função o alivio da tensão e da necessidade sexual através da autoestimulação - manual, com vibradores ou outros objetos - das áreas erógenas, principalmente interessando pênis, anus, clitóris e vagina.
Praticada de uma forma esporádica, regida pela necessidade de atingir o orgasmo como uma compensação pela falta do sexo real com um(a) parceiro(a), não faz mal a saúde, ao contrário, traz sensação de alívio e bem-estar.
A necessidade de se masturbar é muito variável de pessoa para pessoa, e é diretamente proporcional com o estado emocional, a maturidade sexual e o equilíbrio psíquico. Sabemos que homens e mulheres podem apresentar compulsão sexual, masturbando-se várias vezes ao dia, parecendo insaciáveis.
Desvios da personalidade e da sexualidade fazem com que a masturbação, pura e simples, não traga a recompensa esperada havendo, então, necessidade de agregar outros fatores, como masturbar-se em público, dentro de carros ou associar a dor como fator de estímulo. Recentemente tivemos a notícia de um ator americano bastante conhecido que foi encontrado pelado dentro do armário de um hotel, morto, ao masturbar-se com o escroto laçado por uma corda pendurada ao varão, para propiciar dor durante o ato masturbatório. Por vezes, encontramos cálculos na bexiga de mulheres que ao serem retirados, apresentam em seu interior grampos de cabelo, que foram usados para penetrar na vagina como objetos estimulatórios, e por engano foram introduzidos na uretra, e caíram na bexiga, lá formando o núcleo de agregação calcário. Também foram relatados casos de retirada de lâmpadas e outros objetos inseridos no anus.
Portanto, a necessidade masturbatória é muito individualizada, mais frequente nos jovens, mais raro nos idosos, havendo sempre a necessidade de estimulação, primeiramente mental e na sequência erógena, sendo a sua frequência norteada pela necessidade de cada um, e tendo como um balizador o equilíbrio psicoemocional.
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