Bissexualidade

Laura Muller fala sobre o assunto

Uma garota enviou o seguinte e-mail para a gente: “Fiquei espantada quando me peguei observando outra mulher e tentando imaginar como seria ter relação sexual com ela. É normal termos esse tipo de curiosidade? Ou será que sou bissexual?” Boa pergunta! Vamos lá:

A imaginação – Isso tem asas! E muuuuitas. E sabe o melhor da história? Que a gente pode imaginar o que quiser! Tudo isso pode ser extremamente estimulante, erótico, afrodisíaco. Ou seja: não tem nada de mais. Nesse sentido, deixar a imaginação fluir pode ser algo muito saudável e prazeroso.

A “normalidade” – Esse ponto é polêmico. Eu costumo dizer que cada pessoa tem o seu conjunto de coisas que são “normais” para ela. Ou seja, cada uma é que decide o que acha bacana ou não para si mesma. Outra coisa importante: homossexualidade – ou bissexualidade – não é doença! Ou seja, quem sente desejo sexual por outra do mesmo sexo, ou por pessoas de ambos os sexos, não está fazendo nada de “errado”, ou “doentio”, ou “anormal”. É apenas o jeito como cada pessoa se relaciona com a própria sexualidade. Nesse sentido, não tem nada de “anormal” em sentir desejo por homem, por mulher, ou por ambos.

A curiosidade – A gente tem vááárias curiosidades sexuais. Ainda mais na adolescência. Muita coisa pode não passar de curiosidade, como a sua de se ver fazendo sexo com outra mulher. Pode ser apenas uma fantasia estimulante e nada mais. Não quer dizer, necessariamente, que você seja homo ou bissexual. O que é que vai definir isso? O passar do tempo e as experiências que você tiver. Se você tiver relações com alguém do mesmo sexo e gostar – e quiser mais e mais – aí, sim, a gente pode pensar em homo ou bissexualidade. Mas uma curiosidade, ou uma fantasia, ou uma prática sexual ou outra podem não passar apenas de experimentações.

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