Páginas

03/11/2008

Depoimento

Quando minha mãe se separou do meu pai, eu tinha apenas 2 anos e ela batalhou bastante para me criar, pois ainda era muito nova e fazia faculdade. Na época, ela tinha apenas 23 anos, mas apesar da pouca idade e da falta de experiência, sempre foi uma mãe muito dedicada e me educou com muito carinho e amor.Minha mãe é uma mulher muito bonita, dessas que chamam bastante atenção. Ela é loira, tem olhos claros e hoje, mesmo com 41 anos, ainda é muito paquerada. Quando ela estava com 35 anos, ela conheceu um cara mais novo. Os dois namoraram uns dois anos e decidiram se casar. Nessa época eu tinha 16 anos e apoiei a união. Afinal, queria muito ver a minha mãe feliz.O tempo foi passando e a convivência com o meu padrasto foi ficando cada vez melhor. Tínhamos intimidade, mas não consiga enxergá-lo como o meu segundo pai. Acho que por causa da idade, pois ele tinha 30 anos e eu tinha quase 17.A gente conversava sobre vários assuntos, gostávamos das mesmas músicas, dos mesmos lugares e até saíamos juntos. Íamos ao cinema, ao shopping e em algumas baladas. Lembro que ele sempre brincava: “se alguém perguntar, diga que sou seu namorado, ok!”, achava aquilo tão inocente e até um pouco engraçado.Depois de quase um ano de convivência, algo em mim começou a despertar. O carinho que sentia por ele não era só amizade, era diferente e, sem me dar conta, descobri que estava apaixonada pelo meu padrasto. Mas como isso pôde acontecer? Como pude deixar que as coisas chegassem a tal ponto? Não era justo com a minha mãe... Ela estava tão feliz com o casamento, só nisso que eu pensava.Comecei a evitar o meu padrasto e até a tratá-lo mal. Minha mãe não entendia a minha hostilidade e até me criticava por isso. Não estava mais aguentando aquela situação e resolvi tomar uma atitude. A princípio disse que queria ir morar com meu pai, que queria mais espaço e tudo mais... Lógico, ela não aceitou a minha desculpa de falta de espaço, afinal sempre fez tudo pra me ver feliz e não queria me perder assim. Ela começou a me pressionar e até chegou a perguntar se o meu padrasto tinha feito algo que me desagradasse... Tive que abrir o jogo. Fui direta nas minhas palavras e falei que estava apaixonada por ele, mas que ele nunca tinha feito nada, muito pelo contrário, sempre me tratou com todo respeito... Minha mãe entrou em desespero e começou a achar que a culpa era dela, que ela não deveria ter se casado novamente... Só depois de muita conversa chegamos ao acordo que seria melhor eu passar uma temporada na casa do meu pai.Hoje, já se passaram mais de três anos, estou namorando e muito feliz. Ainda moro com o meu pai e acho melhor assim. A convivência com a minha mãe não mudou muito, saímos toda semana juntas e de vez em quando passo os fins de semana com ela. A admiração que sempre senti por ela, também não mudou. Ela continua sendo a minha “mãezinha do coração”, (como costumo chamá-la) e torço para que ela seja muito feliz com o meu padrasto.E você, tem alguma história pra contar? Mande pra gente. Deixe um comentário!Leia mais sobre: depoimentos

Nenhum comentário: