Quem vê ou até mesmo escuta as milhares de bandas pop que estão fazendo sucesso por aí, nem imagina a influência que elas têm sobre os adolescentes. Que os fãs são capazes de loucuras para ver, tocar ou simplesmente parecer com seu ídolo, todos já sabem, mas que essas celebridades também interferem na vida sexual e religiosa de seus seguidores é uma grande novidade, pelo menos aqui no Brasil.Os Jonas Brothers e Miley Cyrus são dois grandes exemplos de celebridades que andam fazendo a cabeça de seus fãs. Conhecidos mundialmente pelo voto de castidade que fizeram por causa de religião – além de suas músicas, é claro – os jovens norte-americanos têm despertado várias opiniões na sociedade, desde as mais fortes criticas até os mais sinceros elogios por terem decidido usar o anel da virgindade, ou melhor, se manterem virgens até o casamento.O acessório foi criado há mais de três mil anos no Antigo Egito. Feito de ouro ou prata e com frases como “O amor verdadeiro espera você” ou “Uma vida, um só amor”, o anel era o símbolo da virgindade para as mulheres, que só poderiam iniciar suas vidas sexuais após os 30 anos. Uma lenda dizia que se elas não cumprissem a promessa a jóia se quebraria e elas seriam mortas. Passaram-se alguns séculos e essa história foi esquecida no tempo, até que na década de 90, ganhou destaque entre os norte-americanos – principalmente entre os fiéis da igreja Assembléia de Deus – quando uma joalheria resolveu recolocar o objeto no mercado. O jovem Paulo Sérgio dos Santos, de 18 anos, fez seu voto aos oito anos e passou a admirar o grupo depois de saber que eles também fizeram. “Acho que eles foram corajosos de adotarem essa posição e divulgar para todos. As pessoas hoje em dia só querem saber de sexo e fama, e os Jonas provaram que não estão preocupados com isso, apesar de muita gente falar que é marketing deles. Já no meu caso, escolhi isso por saber que é o melhor pra mim, por não querer ter uma vida promiscua como a de muita gente por aí”, declarou o estudante. Já Ana Carolina Cartillone dos Santos, de 14 anos, também é fá do grupo, mas não exibe o anel em sua mão e tem uma opinião bem crítica a respeito disso. “Acho que isso é moralismo e até hipocrisia. Ao mesmo tempo em que esse incentivo parece legal, também soa como ultrapassado. Eles deveriam usar a credibilidade que têm entre os jovens e conscientizá-los a fazer o que querem na hora em que se sentirem preparados (...) Não basta dizer que não se pode transar, é preciso educar os adolescentes de uma maneira que eles saibam o que estão fazendo e o risco que correm em uma relação sexual”, enfatizou a garota. O número de fãs que acham a atitude dos Jonas e de Miley ‘bonitinha’ é gigantesco, mas também existem aqueles, ou melhor aquelas, que querem se aproveitar da situação. Foi criada, nos Estados Unidos, uma promoção que dará US$ 10 mil para quem provar que foi para a cama com um dos meninos. Essa iniciativa é bizarra, mas, acredite, a quantidade de menininhas inscritas é maior a cada dia. Deixando os verdadeiros admiradores da banda pra lá de abismados. “Na minha opinião essa promoção é uma falta de respeito com o grupo e, principalmente, com a religião deles”, reclamou uma fã que não quis revelar o nome.Do ponto de vista de uma educadora sexual, Maria Helena Vilela acredita que a história do anel da virgindade só vale se for realmente verdadeira e tiver um significado para a pessoa: “Logo quando esse anel voltou a ser ‘moda’ fizeram uma pesquisa nos Estados Unidos com quem usava e concluíram que, apesar de ainda serem virgens, seus seguidores tinham práticas sexuais regularmente, como o sexo oral e o anal. Essas bandas têm uma participação direta na vida das pessoas e por isso não podem vacilar na hora de tomarem decisões tão sérias como essa”.Bom, se essa moda permanecerá por muito tempo ainda é impossível saber, mas uma coisa é certa: o amor de um fã por um famoso daqui uns dias moverá até montanhas, porque da religião e da vida sexual dessas pessoas eles já tomaram conta.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário