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26/09/2008

Psicólogas ensinam a amansar o seu lado Flora

Sentimentos negativos são normais, desde que não prejudiquem sua rotina
Psicólogas ensinam a amansar o seu lado Flora
Sentimentos negativos são normais, desde que não prejudiquem sua rotina
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As maldades da personagem Flora, interpretada pela atriz Patricia Pillar na trama A Favorita da rede Globo, realmente deixam qualquer um revoltado. Mas, se a personagem leva a falta de escrúpulos a níveis de folhetim, há quem tenha de lidar com
sentimentos perversos no dia-a-dia (e não existe nada de extraordinário aí).A diversidade de sentimentos é aspecto característico da condição humana, ninguém bonzinho ou malvado o tempo todo, esses comportamentos se misturam , afirma a psicóloga e professora de psicologia da UNIP (Universidade Paulista), Patricia Ribeiro. A raiva, a revolta, o rancor, o ciúme, o ódio, a ira, a inveja, a vingança, o nojo ou o desprezo estão na esfera da agressividade. Por isso, costumam ser vistos de forma negativa, mas não dá para culpar ninguém por causa de suas emoções .Encarar tudo com normalidade, entretanto, não é a saída. É importante distinguir os sentimentos das ações. Todos nós sentimos alegria, raiva, tristeza, mas a forma como cada um lida com essas emoções é o segredo , afirma a psicóloga clinica Karen Camargo. Quando a raiva ganha espaço, o corpo se contrai, os batimentos cardíacos se aceleram e existe uma descarga de adrenalina. Isso pode levar a uma reação de agressividade física, maldosa, portanto. Mas o sentimento em si não é mau.Aliás, é exatamente esse o ponto que diferencia a maioria das pessoas da personagem Flora, que não tem nenhum pudor em partir para ação assim que sente qualquer antipatia por alguém.Viver de bem com os sentimentos O mais importante para viver em harmonia com as pessoas e, principalmente, com o seu interior é prestar atenção no que esses sentimentos querem dizer. Estando atento a si mesmo, você não prejudica as outras pessoas e nem negligencia os próprios desejos, sonhos e expectativas diante da vida. É um exercício de compreensão afirma a psicóloga Patrícia Ribeiro. Dessa forma, você deixa de frustrar o outro por tudo o que não dá certo com você a aprende com as fragilidades, buscando novas maneiras d alcançar suas metas e se livrar dos sentimentos que só perturbam em vez de trazerem o crescimento pessoal.O primeiro passo para isso, em qualquer relacionamento, é estar pronto para assumir o que você sente, sem vergonha. Quando há esse preparo, a culpa desaparece (e, sem dúvida, ela é a maior dificuldade a ser vencida). Depois de reconhecer que emoção é aquela e de onde ela vem, o controle está em suas mãos. Vale explodir em gritos (e, provavelmente, não resolver nada) ou identificar a causa do problema e solucionar, evitando passar pelo sofrimento novamente.O Limite Mas se todos os sentimentos estão presentes no nosso dia-a-dia, existe limite para algum deles? Será que é normal sentir, ódio, rancor, ira, raiva... sempre? As psicólogas afirmam que os exageros são perigosos. Sentir tanta raiva a ponto de planejar fazer mal a alguém não é normal, porque pode trazer prejuízos ao próprio individuo e para as pessoas que estão à sua volta , diz Karen Camargo. De acordo com as especialistas, qualquer resposta emocional que traga desconforto ou sofrimento precisa ser observada com atenção. Primeiro, por você mesmo. E, caso o sentimento torne-se recorrente, com ajuda profissional de um terapeuta. A dificuldade de relacionamento, independente do grau em que se manifesta, pode ser traduzida numa mensagem: é hora de cuidar melhor de si mesmo , afirma Karen.
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