O psicólogo americano Gerald Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia, estima que em um dia, uma pessoa escute cerca de 200 mentiras. Mas antes que você atire a primeira pedra, é bom lembrar que todos nós mentimos. O ser humano começa a mentir aos três meses de idade; ele aprende a conquistar o que deseja por meio de mentiras.
Se você quer saber se está namorando alguém mentiroso, basta prestar atenção em simples atos. Alguns deles são: exageros, invenções, desinformação, distorção dos fatos, má interpretação sobre uma situação ocorrida, manipulação, confusão mental e falsifição de informações ou documentos.
Segundo o psiquiatra Fernando Vieira, o mentiroso não tem o menor pudor para atingir seus fins. "Ele tem uma alteração de personalidade, não respeita as regras sociais ou sente culpa. A mentira torna-se patológica quando a pessoa tem traços apelativos e dramáticos, ou seja, o discurso parece um espetáculo. Quem tem um perfil narcisista (ego grandioso) é um mentiroso nato."
O FBI (Polícia Federal Americana) revela algumas dicas para saber quando a pessoa está mentindo. Confira a seguir:
Olhos: mantém os "olhos nos seus olhos" nas questões fáceis, mas desvia o olhar nas questões mais delicadas. Quando existe um conflito entre o que se fala com o que se pensa, o mentiroso tende a piscar os olhos com maior freqüência.
Movimentos da cabeça e do corpo: quem mente tem a tendência de inclinar o corpo para trás. Responde "não" à pergunta feita e em seguida, balança a cabeça afirmativamente.
Respiração: um suspiro profundo surge sempre que indagado (isto sinaliza ansiedade e aflição).
Sinais verbais: o mentiroso prefere esconder a verdade a inventar uma história. Ele "acelera" o relato para evitar detalhes. A mão cobre a boca e ele, para ganhar tempo, pede para repetir a pergunta.
A mentira é manipulativa e uma característica da personalidade anti-social. Mentiras melodramáticas são comuns entre personalidades histéricas. Neste caso, é uma conseqüência da desordem psicológica.
O prejuízo da mentira tem relação com a intencionalidade, grau de consciência e efeitos. Mentiras como: "que roupa linda", "como você emagreceu", "cheguei atrasado por causa do trânsito", não trazem prejuízos materiais ou morais para os mais próximos.
Por isso, é importante ter bom senso. Por exemplo: você diria a um doente terminal a verdade? Contaria a seus filhos ou sobrinhos pequenos que "coelhinho da páscoa" ou "Papai Noel" não existem? Os psicólogos informam que estas mentiras são válidas.
Civilizações foram construídas e religiões se solidificaram por meio da mentira (como fatos não comprovados). Mesmo o Vaticano entende que a mentira é amálgama para que a instituição não entre em crise. Ela é ruim, sem dúvida, mas não está na lista dos sete pecados capitais.
Os psicólogos apresentam algumas razões para a mentira: fuga de um castigo, busca por recompensas, intenção de ajudar outra pessoa, tentativa de escapar de uma situação embaraçosa, fuga de constrangimentos, preservação da privacidade, etc.
Mas, não se preocupe. Nem todas as pessoas são mentirosas. A maioria das mentiras não pode ser considerada como ofensiva, algumas até ajudam a harmonizar as relações interpessoais no dia-a-dia.
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