
A Fabricação
Hoje, como são descartáveis, os preservativos são fabricados em escala gigantesca. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), serão necessárias 20 bilhões de camisinhas para diminuir os casos de aids e de doenças sexualmente transmissíveis na próxima década. Aqui no Brasil, só em 2003, foram consumidas 660 milhões de unidades. Desse total, 260 milhões foram distribuídas pelo governo — 10 milhões só no Carnaval...
O tamanho padrão da camisinha é de 54 milímetros de largura e, no mínimo, 16 centímetros de comprimento. Por ser elástica, ela se adapta a diversos tamanhos. Mas, como em alguns casos pode ficar folgada ou apertada demais, já existem alternativas no mercado, como as de tamanho extra, as de formato anatômico e as mais finas, que permitem maior sensibilidade. Há também camisinhas feitas de poliuretano para os que são alérgicos ao látex. No exterior, o festival de opções é ainda maior: diversos tamanhos e larguras, com reservatório extra, com a ponta em espiral...
O formato e o acabamento até podem variar, mas o processo de fabricação é sempre o mesmo. A camisinha é feita de látex natural, matéria-prima que vem da seringueira. Numa primeira etapa da produção, o látex é misturado com substâncias químicas e é aquecido, para se tornar mais resistente. Depois, vai para um tanque onde são mergulhados moldes de vidro em formato de pênis. Esses moldes, banhados com um fina camada de látex, irão secar em estufas especiais e receber a bainha da camisinha — feita por escovas rotativas. Em seguida, os preservativos são retirados dos moldes por um jato de água, recebem um pouco de talco e novamente vão para a secadora.
Ao longo do processo são feitos testes de tensão, ruptura, volume, pressão, espessura e comprimento, entre outros.
A principal garantia de qualidade da camisinha brasileira é o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que só é dado para produtos que seguem rígidas normas técnicas de fabricação.
O problema é que uma porção de camisinhas falsificadas também traz selos fake. Aí, só mesmo nos detalhes dá para identificar um produto de qualidade:
* Geralmente a falsificada é translúcida, enquanto a original é opaca
* Só as embalagens das originais costumam ter o número do lote e recomendações em diversos idiomas
Se não der tempo de reparar em tudo isso na hora H, o negócio é comprar camisinhas em lojas confiáveis e ficar atento à data de validade.
Saber usar bem o preservativo é tão importante quanto comprar um produto de qualidade. Todo mundo diz que sabe, mas, para não fazer feio quando estiver acompanhado, praticar sozinho é a melhor saída — regra que vale também para as meninas. O envelope deve ser aberto com os dedos, nunca com a boca, muito menos com tesoura. Para desenrolar a camisinha, segure a ponta, tirando o ar para que ela fique livre e sirva de depósito para o esperma. No final da relação, o preservativo deve ser retirado com o pênis ainda ereto.
Lenda sobre camisinhas é o que não falta. A maioria, claro, é tudo papo furado.
Aqui vão três bons exemplos:
* Usar dois preservativos aumenta a segurança — Mentira. Na verdade, ocorre o contrário: aumenta o risco de a camisinha se romper por causa do excesso de atrito
* A camisinha pode se perder na vagina durante a transa — Mentira. É impossível "perder" o preservativo. Além de haver a bainha que segura a camisinha ao pênis, caso ela escape, é só puxar com os dedos
* É bom usar vaselina junto com o preservativo — Mentira. Lubrificantes como a vaselina ou feitos com óleos estragam o preservativo. Só dá para usar aqueles à base de água
Como nunca dá para saber quando, e principalmente onde, será preciso comprar uma camisinha, é bom conhecer o nome do produto em outros lugares. Aqui vai uma pequena lista que vale a pena decorar, com a forma popular como o preservativo é chamado em dez países. Assim, não será por falta de comunicação que você irá perder uma noite especial...
Vários nomes, a mesma utilidade
Alemanha = ummeltute
Argentina = forro
Austrália = love glove
China = bao-shein tao
Estados Unidos = jimmy hat
França = capote anglaise
Grã-Bretanha = french letter
Itália = palloncino
Japão = sack
Portugal = camisa-de-vênus
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